Embora o hipertireoidismo da doença de Graves tenda a melhorar espontaneamente durante a gravidez, ele freqüentemente retorna de modo grave alguns meses depois do parto. Existe, contudo, um outro tipo de hipertireoidismo que pode se desenvolver no ano seguinte ao nascimento do bebê, quase sempre em pacientes com uma doença auto-imune subjacente como a tireoidite de Hashimoto, que pode não ter sido identificada previamente. O hipertireoidismo é leve, dura apenas algumas semanas e pode ser tratado com um betabloqueador se necessário. Esta fase pode ser seguida de um episódio igualmente transitório de um hipotireoidismo que não necessita de tratamento que é, então, seguido de uma recuperação completa. Um padrão similar pode ocorrer em gestações futuras e muitos pacientes podem vir a desenvolver uma tireóide permanentemente pouco ativa. É importante saber diferenciar o que é conhecido como tireoidite pós-parto, que não requer tratamento, e a doença de Graves, que precisa ser tratada. Para isso, pode ser necessário medir a concentração dos anticorpos tireóide-estimulantes no sangue, que estão geralmente presentes, na doença de Graves, ou medir a habilidade da tireóide de concentrar o iodo radioativo ou o tecnécio, a qual está ausente na tireoidite pós-parto. A tireoidite pós-parto afeta cerca de 5% das mulheres, mas a maioria das pacientes não se queixa dos sintomas. Não parece haver nenhuma relação entre anormalidades nos exames da tireóide e a depressão pós-parto.
Fonte: Revista Isto É- Guia de Saúde Familiar Volume 15 - 02/2002
Por: Tatiana Oliveira e Vivianne Vandesmet
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